A sessão da Câmara de Japeri teve parte dela utilizada para que os vereadores justificassem seus votos sobre a rejeição do projeto de lei da vereadora Roberta Bailune que nomearia a creche de Nova Belém com o nome do professor Marcos Félix.
Na abertura das falas, a vereadora Roberta leu a biografia do professor Marcos e depois, os vereadores que votaram contra justificaram seus votos. As justificativas foram as mais diversas como: não conhecer a biografia do homenageado até o argumento que existe pessoa mais qualificada para dar nome a uma creche, passando pelos ensinamentos da bíblia.
Um dos vereadores acusou como uso político a motivação do projeto, porém a indicação de nomear a creche partiu de um abaixo-assinado de moradores do bairro que encaminharam para a vereadora Roberta, ou seja, uma iniciativa popular.
Como o projeto não pode ser votado de novo antes um ano, a vereadora autora do projeto encaminhou um pedido diretamente ao prefeito Cézar Melo que deve apreciá-lo em breve.
Nas redes sociais, o caso de discriminação (como está sendo encarado) ganha repercussão. A Diocese de Nova Iguaçu emitiu uma nota de homenagem ao professor e o SINDSPREV/RJ repudiaram as falas dos vereadores.
A rejeição do projeto é natural, porém a discriminação que motivou a rejeição é que está sendo condenada, pois fere a memória de Marcos Félix.
Outro fato que chamou atenção foi que os vereadores não saberem o que será votado no dia da sessão e por consequência não leem os projetos para saber se devem ou não aprovar com convicção. Exemplo disso foi a fala de um dos vereadores na sessão do dia 25/6 que afirma isso.
Para tentar acabar com essa prática, teoricamente, a partir da agora os vereadores receberão com 24h de antecedência os processos a serem votados em seus gabinetes.