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Novo espetáculo do Grupo Código será apresentado em Japeri


Por Redação

Protagonismo da mulher da Baixada é tema de espetáculo 
 
Novo espetáculo do Grupo Código será apresentado em Japeri
 “Trilhos”, o mais recente trabalho do Grupo Código – premiada companhia de teatro de Japeri – será apresentado no Espaço Cultural Código no próximo sábado, 13 de Abril. A peça, montada através do edital Novos Talentos do SESI – FIRJAN, com texto de Suellen Casticini, conflui temas recorrentes do território no qual a cidade de Japeri está inserida: do universo dos vendedores ambulantes dos trens, passando pelo sistema prisional até o mercado da fé. O Grupo discute, sob uma perspectiva da dupla jornada feminina, o ato da venda, partindo da ideia de que todos nós somos camelôs.
Em cena, as atrizes Débora Crusy e Nil Mendonça se revezam entre os personagens em um trabalho que revela a força do protagonismo da mulher da Baixada Fluminense. Além das atrizes serem moradoras da região, a autora, Suellen é diretora formada pela UFRJ e vinda da cidade de Nova Iguaçu. O espetáculo que estreou em Janeiro desse ano dentro no Teatro Sesi Jacarepaguá, passou por mudanças e agora também é dirigido por uma mulher. “Optamos por colocar na direção também uma mulher para oferecermos nosso ponto de vista. Queremos falar não só na mulher da Baixada, mas de todas as coisas que podem atravessá-la” – diz Débora Crusy, atriz e diretora da peça. O Grupo Código é uma companhia teatral criada há 13 anos na cidade de Japeri. Com oito espetáculos em seu repertório e composto por artistas oriundos da Baixada Fluminense, a pesquisa do grupo se pauta em criar um diálogo mais próximo com o território aliando diferentes formas de investigação e encenação do chamado teatro contemporâneo a questões sociais.
Sinopse 
“Na minha mão é mais barato!” “É só perguntar pela mãe, pelo filho, criar um vínculo”… Nas narrativas d´elas, o “vender” é trabalho solitário, é só um acréscimo em seu atravessamento diário. Em suas duplas jornadas, a gaiola gigante vira lar e o lar vira uma prisão. Suas armas? A “ginga” na feira, no metrô, no mercadão sagrado ou até mesmo com uma revista na mão. Do guarda que a revista, já que todos somos camelôs. Que argumentos te fazem comprar uma ideia? Ser mais barato te convence? Mas será que sai barato? O que elas querem não está na prateleira dos mercados que adentram as nossas TV´s com suas campanhas maravilhosas, que enchem os olhos e aguçam as nossas papilas e nos esvaziam de nós mesmos. O que há por trás disso tudo? Comprar… vender… sentir… reagir… Veremos esse percurso de uma na outra e nas outras, nas promoções e nos “rapas” que a vida oferece espalhadas aos montes e em você se comprar essa ideia. Na minha mão é mais barato!