Squel Jorgea ministra oficinas gratuitas de porta-bandeira na Baixada Fluminense - Site Japeri Online




Squel Jorgea ministra oficinas gratuitas de porta-bandeira na Baixada Fluminense


Por Redação

21/05/2025

Uma imersão na arte da porta-bandeira. Essa é a proposta da oficina de bailado que a estrela da Sapucaí Squel Jorgea, uma das porta-bandeiras mais festejadas do carnaval carioca, vai ministrarem Japeri (24/5 na Academia da Saúde), Mesquita (7/6, na Casa da Juventude) e Belford Roxo (19/7, no Instituto Cidadania Plena), na Baixada Fluminese, e em outras sete localidades do estado do Rio de Janeiro (Tijuca, Maricá, Niterói, São Gonçalo, Gamboa, Itaboraí e Madureira), entre os meses de maio e agosto, com entrada franca. O projeto Squel – Oficinas de bailado de porta-bandeira foi um dos contemplados do programa Transpetro em Movimento e recebe patrocínio da Transpetro por meio da Lei Rouanet.

Nos encontros, Squel vai dividir com as participantes sua experiência de mais de 30 anos na dança de cortejo. Serão apresentados conhecimentos teóricos sobre a origem e história do Carnaval e da representatividade da porta-bandeira, práticas da dança em casal, a gestualidade, utilização de adereços e indumentárias, além do comportamento em quadra e na avenida. Em cada encontro, Squel estará acompanhada do mestre-sala Vinicius Jesus.

A oficina é voltada para mulheres a partir dos 14 anos, sejam elas cis ou trans, pessoas com deficiência, moradoras de periferias, comunidades ou em vulnerabilidade social. O único pré-requisito é que as participantes tenham alguma experiência com dança. As inscrições podem ser feitas pelo link https://forms.gle/fva1YY1fPFREwC4ZA. Cada local terá duas turmas, de manhã e à tarde, com 30 vagas em cada.

Duas vezes campeã do Carnaval carioca pela Estação Primeira de Mangueira, Squel também é vencedora de dois Estandartes de Ouro e atualmente defende a Portela. Desde que começou no Carnaval, há mais de 30 anos, Squel conta que muita coisa mudou, principalmente o que se refere à profissionalização e à visibilidade das figuras da porta-bandeira e do mestre sala.

“Antigamente, não tínhamos uma preparação física adequada. Muitas vezes, as fantasias são pesadas e precisamos transmitir graça e leveza, sempre com um sorriso no rosto. Para que estejamos aptos a desempenhar nosso papel, hoje em dia contamos com uma equipe multidisciplinar com personal trainer, nutricionista e médicos. O preparo físico é fundamental”, conta Squel, que ganhará um documentário sobre sua trajetória.  O filme “Squel Memórias de uma porta-bandeira”, com direção de Celina Torrealba, está em fase de produção.

Squel define o papel da porta-bandeira como representante da escola de samba e da comunidade, que carrega todo o símbolo, nome e cores da agremiação ao conduzir o pavilhão. “É uma função de enorme responsabilidade. O casal de porta-bandeira e mestre sala é anfitrião da escola de samba e da comunidade. Somos muito ativos, sempre transitando no coletivo e no cotidiano das pessoas. Temos uma importância que não é apenas artística, mas também social”, completa.

“As oficinas têm a capacidade de manter ainda mais viva a história do Carnaval carioca e encontra nas porta-bandeiras um exemplo de defesa da comunidade em que as escolas de samba surgiram. Nesse sentido, essa parceria é fundamental para nós pois, além de contribuir para disseminar ainda mais o conhecimento sobre essa festa nacional tão importante para os brasileiros, ajuda mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade socioeconômica, propiciando mais perspectivas de futuro, emprego e renda por meio da cultura”, afirma o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci.

Squel Jorgea

É uma das grandes porta-bandeiras do carnaval carioca, símbolo de resistência, arte e ancestralidade. Começou a desfilar ainda criança e construiu uma trajetória brilhante no carnaval. Reconhecida pela leveza, elegância e força de sua dança, com passagens pela Grande Rio, Mocidade, Mangueira — onde conquistou dois títulos de campeã do Carnaval e dois estandartes de ouro —, e atualmente na Portela. Squel entrou para a história por ser a primeira porta-bandeira a defender os pavilhões de Mangueira e Portela, duas das maiores escolas de samba do Rio de Janeiro. Squel também atua como educadora e ativista cultural, inspirando novas gerações com sua história de luta, afeto e orgulho.

Sobre o Programa Transpetro em Movimento

O Programa Transpetro em Movimento impacta positivamente quase 300 mil pessoas em 55 municípios brasileiros, em todas as regiões do país, e é uma parceria com o Ministério da Cultura e o Ministério do Esporte, por meio da Lei Rouanet e da Lei Federal de Incentivo ao Esporte.

Com capilaridade nacional, o primeiro edital público de patrocínio incentivado da Transpetro valoriza e promove a circulação de traços culturais brasileiros e a formação profissional, fortalecendo a diversidade e estimulando a inclusão de públicos minorizados ou em situação de vulnerabilidade. Mais de 80% dos projetos contemplados acontecem em comunidades tradicionais ou em áreas de periferia, com público prioritário formado em sua maioria por crianças e adolescentes.

Agenda

24 de maio – Japeri (Academia da Saúde)

7 de junho – Mesquita (Casa da Juventude)

14 de junho – Tijuca (Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro)

21 de junho – Maricá (Casa de Cultura de Maricá)

28 de junho – Niterói (Quadra da Unidos de Cubango)

5 de julho – São Gonçalo (Clube da Terceira Idade – Amor e Fraternidade)

19 de julho – Belford Roxo (Instituto Cidadania Plena)

26 de julho – Gamboa (MUHCAB – Museu da História e da Cultura afro-brasileira)

2 de agosto – Itaboraí (CIEP Manilha)

9 de agosto – Madureira (Quadra da Portela)

Squel – Oficinas de bailado de porta-bandeira

Inscrições pelo link: https://forms.gle/fva1YY1fPFREwC4ZA