Hoje é o Dia Nacional do Doador de Sangue




Hoje é o Dia Nacional do Doador de Sangue


Por Redação

Agência Senado

Nesta quarta-feira (25) comemora-se o Dia Nacional do Doador de Sangue. A data em 2020 vem marcada pelos desafios adicionais que os hemocentros do Brasil enfrentam durante a pandemia de covid-19. A doação não aumenta o risco de contaminação pela doença.

A gerente do Ciclo do Doador da Fundação Hemocentro de Brasília, Anne Ferreira, relata que o trabalho neste ano foi um equilíbrio mais delicado, devido às variações maiores na demanda da rede hospitalar e na disposição das pessoas de saírem à rua.

— No começo os hospitais demandaram menos, com as cirurgias eletivas suspensas, mas depois cresceu, com o aumento de pacientes nas UTIs. Entre julho e agosto começamos a ter dificuldade de manter o estoque. Precisamos lembrar às pessoas que a doação não pode parar.

Atualmente, o Hemocentro de Brasília possui estoques em níveis regulares ou inferiores para todos os tipos sanguíneos. Para garantir a segurança dos doadores e dos funcionários, as doações devem ser feitas com agendamento. A situação é a mesma em todos os hemocentros do país.

A doação de sangue não traz riscos adicionais quanto à covid-19. A perda de hemácias (células do sangue) não compromete a imunidade. Pacientes que tiveram a doença devem aguardar 30 dias após o fim dos sintomas para doarem. Já quem teve contato com pessoas diagnosticadas ou suspeitas, ou quem viajou para o exterior, deve aguardar 14 dias. O exame para detecção da covid-19 não está entre os que são feitos de praxe no ato da doação de sangue (como HIV, hepatite e sífilis).

No dia 24, as instituições de 15 estados e do Distrito Federal promoverão em conjunto a campanha “Somos Todos do Mesmo Sangue”, com ações de agradecimento e incentivo à doação. Anne ressalta que essa parceria é inédita e simboliza a união estabelecida entre os hemocentros ao longo do ano, quando tiveram que “se reinventar”.

A perspectiva para 2021 ainda é de cautela, mas as lições aprendidas em 2020 serão valiosas. O atendimento mediante agendamento, que não tem data para acabar, pode se tornar padrão em Brasília, pois trouxe organização para o fluxo de atendimento e conforto para os doadores.

Outra novidade serão as futuras diretrizes oficiais de doação para quem tomar a vacina contra a covid-19. Com vacinas atuais, o tempo de espera após a imunização pode variar entre dois dias e um ano.

— Os voluntários dos testes têm que ficar 12 meses sem doar, mas, a partir da aprovação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], precisaremos de uma nova orientação — destaca a gerente do Hemocentro.

Fonte: Agência Senado