Estabilidade e proventos integrais na aposentadoria. Esses direitos dos militares são ainda mais valorizados em tempos de crise, apesar das recentes ameaças de mudanças nas regras para passar à inatividade. Muita gente ainda sonha com a segurança da carreira militar. Enquanto o mercado de trabalho sofre com a escassez de vagas, as Forças Armadas oferecem 2.953 chances, em concursos de níveis médio e superior. Há, também, uma lista de seleções previstas ainda para este ano (veja abaixo). Quem quiser ingressar na carreira militar, portanto, já pode traçar seus objetivos e começar a estudar.
— A primeira coisa que fazemos é identificar os perfis dos alunos. Eles estão divididos em dois grupos. O primeiro é composto por aqueles que têm o sonho de ingressar numa escola específica, muitas vezes porque os pais foram da instituição. Estes não querem estudar para mais de um concurso militar. O outro grupo, que é maior, está em busca dos atrativos da carreira. E temos que orientar essas pessoas para que aproveitem os estudos em mais de um concurso — diz o diretor do Progressão Autêntico, Renato Biancardi.
A regra é comparar editais, dentro do mesmo nível de escolaridade exigido. Se estes cobram disciplinas iguais, o candidato pode se preparar para os conteúdos de um concurso de grande complexidade e fazer questões das escolas cujo ingresso é considerado mais fácil. Estudar para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, por exemplo, é um caminho para obter sucesso na Escola de Sargentos das Armas, mesmo que os cursos não sejam equivalentes. Se, no primeiro caso, o aluno sai aspirante a oficial, no segundo, sai sargento.
Outros estudos que podem caminhar juntos são para graduações de Engenharia no Exército e na Aeronáutica ou para linhas técnicas e de Saúde das três Forças. Mas é importante ficar atento às especificidades:
— Pode haver limites de altura e de idade — exemplifica Rodrigo Schluchting, CEO do curso Elo Concursos.